
Deusas da Prosperidade: use a energia das Deusas para atrair Abundância!
Que dinheiro e prosperidade são preocupações constantes na nossa vida, isso nem é preciso falar. Essa preocupação acompanha a humanidade desde que mundo é mundo. Mas, ao longo da história, diferentes culturas traduziram esse desejo universal em rostos femininos poderosos. Conhecer as deusas da fortuna é mergulhar em mitos que atravessaram milênios e ainda podem inspirar nossa conexão com a espiritualidade hoje.
Cada arquétipo carrega chaves práticas para trazer mais abundância ao cotidiano – seja por meio de um altar simples, uma afirmação ou o entendimento de que riqueza verdadeira começa dentro. Vem conhecer as Deusas da prosperidade, riqueza e abundância e aprender a trabalhar com suas energias!
Tique - Deusa Grega da Fortuna

Tique é a personificação grega da sorte e da fortuna, ligada ao destino e à prosperidade. Ela é filha de Zeus e da deusa da justiça, Dike, simbolizando o equilíbrio entre justiça e acaso. Tique era vista como a responsável pelos altos e baixos da fortuna humana, governando o sucesso nas cidades e a prosperidade dos povos.
Sua imagem frequentemente aparecia segurando uma roda, a Roda da Fortuna (sim, aquela do Tarot!), que girava para distribuir sorte e infortúnio. Diferentemente da ideia caótica da sorte, Tique era vista como uma força que trazia ordem e estrutura ao acaso.
Cidades gregas como Tebas a veneravam como protetora, buscando sua bênção para crescimento econômico e segurança. Seu culto era simples e praticado em altares locais, e ela aparece em várias obras literárias antigas como força motivadora dos destinos.
Curiosidades
Tique inspirou o conceito romano de Fortuna, e sua figura teve grande influência na arte e filosofia antigas. Sua roda virou um símbolo popular na Idade Média e renascentista, representando os ciclos da vida. Tique não era apenas benevolente: sua bênção podia ser caprichosa, ensinando a aceitar a impermanência.
Em algumas cidades, era comum girar pequenas rodas para pedir boa sorte. Sua presença em moedas e esculturas indicava prosperidade, e sua imagem foi reinterpretada por vários artistas clássicos. A ideia da roda da fortuna circulando o destino foi adotada em textos medievais e ainda hoje inspira reflexões sobre sorte e esforço.
Embora não tivesse templos grandiosos, sua importância cultural era profunda. Em jogos de azar e em decisões políticas, invocá-la era comum para garantir justiça e sorte. A roda, o cornucópia e o leme do navio eram seus símbolos.
Relações
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Cores: Azul, prata
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Dia: Quarta-feira
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Elemento: Ar
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Lua ideal: Crescente
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Ofertas: Água fresca, moedas, pequenos espelhos
Ritual prático
Gire uma pequena roda simbólica ou um objeto circular enquanto mentaliza suas intenções de prosperidade. Ofereça moedas em um pequeno altar azul e diga: "Tique, roda da fortuna, gira a abundância para mim."
Fortuna - Deusa Romana da Sorte e Abundância

Fortuna é a deusa romana que governa a sorte, o acaso e a prosperidade. Originária do sincretismo com a grega Tique, ela tem características próprias, como a habilidade de distribuir tanto boa quanto má sorte. Sua figura é representada com a Roda da Fortuna, simbolizando o ciclo constante da fortuna, e com uma cornucópia, símbolo de abundância.
Fortuna é considerada tanto caprichosa quanto generosa, refletindo o fluxo da vida. Os romanos a cultuavam em templos como o templo da Fortuna Primigenia, buscando sua proteção para negócios, colheitas e decisões políticas.
Festas e oferendas para Fortuna aconteciam especialmente em tempos de crise ou quando se desejava reverter o destino. Sua veneração destacava a necessidade de aceitar o imprevisto e valorizar a prosperidade quando ela surge, reconhecendo a dualidade da vida.
Curiosidades
Fortuna influenciou muito a cultura ocidental, especialmente a ideia do "capricho do destino". Sua imagem estava presente em moedas, estatuetas e nos altares domésticos. O festival "Fortuna Redux" celebrava seu retorno com procissões e banquetes, marcando tempos de paz e prosperidade.
Com a queda do Império Romano, seu culto declinou, mas a figura da deusa sobreviveu em literatura e arte, como símbolo das incertezas da fortuna. Sua cornucópia é um símbolo universal de riqueza e fartura até hoje. Em jogos de azar e negócios, invocá-la era comum para atrair sorte.
Algumas lendas populares falavam que ela podia ser "capturada" temporariamente, mas nunca dominada. Em Roma, havia diversas "Fortunas" especializadas (Fortuna Virilis, Fortuna Publica) que atendiam a diferentes aspectos da vida. Sua essência era a imprevisibilidade da riqueza e do sucesso.
Relações
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Cores: Dourado, branco
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Dia: Sexta-feira
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Elemento: Fogo
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Lua ideal: Cheia
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Ofertas: Mel, incenso, moedas douradas
Ritual prático
Acenda uma vela dourada e ofereça mel e moedas. Mentalize a roda girando em seu favor e diga: "Fortuna, distribui tua abundância em minha vida."
Juno Moneta – Deusa Romana da Riqueza e Estabilidade

Juno Moneta é uma das manifestações de Juno, a rainha dos deuses romanos. "Moneta" vem do latim "monere", que significa advertir ou aconselhar, pois o templo de Juno Moneta no Capitólio era também a Casa da Moeda de Roma. Assim, ela se tornou associada à riqueza e à segurança monetária.
Como conselheira, era invocada para sabedoria em decisões financeiras e proteção dos recursos. Juno Moneta também guardava os grãos e os bens públicos, garantindo sua estabilidade. Sua figura unia a realeza, a maternidade e a ordem econômica. Era cultuada com rituais que combinavam oferendas de cereais, estátuas douradas e moedas.
Embora menos popular que Fortuna, Juno Moneta tinha papel crucial no sistema financeiro romano, sendo reverenciada por comerciantes, políticos e generais que buscavam estabilidade e orientação. Seu culto ressalta a prosperidade vinda da ordem, da vigilância e do cuidado com os bens comuns.
Curiosidades
O nome "Moneta" originou a palavra "money" (dinheiro) em inglês e "moneda" em espanhol. Isso se deve ao fato de que, no templo de Juno Moneta, eram cunhadas as moedas oficiais de Roma. Ela era vista como guardiã da riqueza e da verdade — um oráculo confiável em tempos de decisão. Era comum consultar sua vontade em questões públicas e financeiras.
Seus símbolos incluíam moedas, chaves, pergaminhos e a balança. Tinha forte conexão com a responsabilidade cívica, sendo honrada em tempos de crise econômica. Seu templo era um dos mais seguros, funcionando como banco e arquivo estatal.
Para os romanos, honrar Juno Moneta era também preservar a confiança pública e a ordem social. Cultos domésticos a ela envolviam a organização de estoques e finanças familiares, com orações pedindo lucidez, segurança e estabilidade. Era uma deusa que favorecia quem planejava com sabedoria.
Relações
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Cores: Branco, dourado, cinza-prata
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Dia: Quinta-feira
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Elemento: Ar e Terra
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Lua ideal: Minguante
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Ofertas: Moedas, chaves, grãos, lavanda seca
Ritual prático
Em uma quinta-feira, limpe sua carteira e organize suas finanças. Ofereça moedas e lavanda sobre uma toalha branca. Diga: "Juno Moneta, guia meu ouro com sabedoria."
Abundantia - Deusa Romana da Fartura e Generosidade

Abundantia personifica a fartura e a prosperidade na Roma Antiga. Ela é representada como uma mulher carregando uma cornucópia transbordante de frutos, moedas e grãos, símbolo da abundância contínua. Sua figura aparece nas moedas e em altares dedicados à riqueza material e à generosidade dos bens.
Embora menos cultuada que Fortuna, Abundantia simboliza o ideal de prosperidade compartilhada, garantindo que os recursos fluam e sejam distribuídos entre o povo. Era invocada para garantir colheitas fartos, comércio próspero e estabilidade econômica.
Sua imagem transmitia a mensagem de que a abundância verdadeira deve circular e não ser acumulada. Abundantia aparece frequentemente em cerimônias de agradecimento durante festivais agrícolas e financeiros, lembrando que a prosperidade está ligada à generosidade e à circulação da riqueza.
Curiosidades
A imagem de Abundantia era amplamente utilizada nas moedas romanas, especialmente durante períodos de estabilidade econômica e prosperidade no Império. Essa representação era um símbolo claro da fartura desejada pelos governantes e da segurança alimentar para o povo.
Abundantia não tinha templos monumentais, mas era cultuada em altares domésticos e pequenos santuários, especialmente em vilas agrícolas. Sua cornucópia derramando moedas, frutos e grãos se tornou um ícone da riqueza fluente e compartilhada.
Muitas vezes, ela era associada à deusa Annona, que cuidava da distribuição de grãos à população. A presença simbólica de Abundantia era considerada um presságio favorável, principalmente em tempos de colheita e renovação dos estoques alimentares.
Sua reverência incluía gestos simples, como partilhar alimentos, agradecer pelas provisões e distribuir moedas ou grãos aos necessitados, reforçando a ideia de que a abundância deve circular para continuar fluindo. Abundantia representa a fartura contínua, gentil e generosa.
Relações
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Cores: Verde, dourado
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Dia: Quinta-feira
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Elemento: Terra
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Lua ideal: Cheia
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Ofertas: Frutas, grãos, moedas, mel
Ritual prático
Ofereça frutas frescas e moedas em um altar verde. Acenda uma vela dourada e diga: "Abundantia, que tua fartura preencha minha vida e se espalhe ao meu redor."
Renenutet - Deusa Egípcia da Colheita e Nutrição

Renenutet era uma deusa da fertilidade e da colheita no antigo Egito, adorada principalmente durante o Império Médio e Novo. Era associada à proteção das plantações, ao amadurecimento do grão e ao cuidado com os recém-nascidos. Seu nome significa literalmente "ela que nutre".
Era representada como uma mulher com cabeça de serpente ou como uma serpente completa. Seu papel era assegurar o sucesso das colheitas e a prosperidade da terra, funcionando também como protetora dos celeiros. Em algumas tradições, era a mãe de Neper, o deus do grão, e também ligada à deusa Ísis.
Além do aspecto agrícola, ela tinha função mágica, protegendo a criança ao nascer e sussurrando seu nome secreto, selando seu destino. Os camponeses egípcios ofereciam a ela os primeiros frutos das colheitas, leite, pão e tâmaras, agradecendo pela nutrição e proteção concedidas à família e aos animais.
Curiosidades
Renenutet era uma das divindades mais próximas da vida cotidiana egípcia. Sua ligação com a nutrição a tornava central em rituais de agradecimento por colheitas bem-sucedidas e proteção familiar. Acreditava-se que ela habitava os campos e os celeiros, e sua presença podia ser sentida pela saúde das plantações.
Como deusa serpente, era respeitada e temida — matar uma serpente era considerado um tabu religioso em certas regiões por risco de ofender a deusa. Além disso, ela era honrada em festivais da colheita e nas cerimônias do nascimento, como uma protetora maternal. Muitos templos tinham imagens suas ao lado de Sobek (deus crocodilo) e outras divindades agrícolas.
Em sua forma protetora, Renenutet era frequentemente associada ao Uraeus (serpente real) e, em amuletos, invocada para garantir nutrição constante. Seu culto sobreviveu em práticas agrícolas egípcias mesmo após a chegada do cristianismo ao Egito.
Relações
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Cores: Verde, dourado
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Dia: Segunda-feira
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Elemento: Terra
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Lua ideal: Minguante
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Ofertas: Trigo, pão, tâmaras, leite
Ritual prático
Em uma segunda-feira, prepare uma tigela com grãos e frutas secas. Acenda uma vela verde e diga: "Renenutet, nutre minha casa com tua abundância protetora."
Freya - Deusa Nórdica do Amor, Fertilidade e Ouro

Freya é uma das deusas mais importantes do panteão nórdico, associada à fertilidade, ao amor, à sensualidade, à riqueza e à magia seidr. Pertencia à tribo dos Vanir, deuses ligados à natureza e à fertilidade, e após a guerra com os Aesir, passou a viver em Asgard.
Ela viajava em uma carruagem puxada por gatos e usava o colar mágico Brísingamen, símbolo de poder e beleza. Além disso, Freya era uma guerreira e líder espiritual, recebendo metade dos mortos em batalha no salão de Sessrúmnir, enquanto Odin recebia a outra metade no Valhalla.
Sua conexão com a riqueza é tão intensa que lágrimas derramadas por ela se tornavam âmbar. Freya é a deusa do desejo vital, da abundância que floresce do amor e do prazer, sendo reverenciada em festivais da primavera e em ritos de fertilidade tanto agrícolas quanto pessoais.
Curiosidades
Freya era invocada por mulheres e homens que buscavam fertilidade, riqueza e amor verdadeiro. Era também consultada por videntes e praticantes da magia seidr, uma forma de feitiçaria ligada ao destino e à intuição. Seu culto estava presente em toda a Escandinávia e persistiu até a cristianização do norte da Europa, quando Freya passou a ser demonizada.
Seu colar, o Brísingamen, era símbolo de desejo e poder espiritual, e diz-se que ela o adquiriu com muita astúcia e paixão. Os gatos, animais associados à sensualidade e ao mistério, eram considerados sagrados para ela. As sextas-feiras ("Friday" ou "dia de Freya") derivam do seu nome em algumas línguas germânicas.
Em casas nórdicas, altares a Freya incluíam flores, joias, vinho ou hidromel. Era comum mulheres pedirem a ela orientação para relacionamentos, gravidez e proteção do lar.
Relações
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Cores: Rosa, vermelho, dourado
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Dia: Sexta-feira
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Elemento: Fogo
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Lua ideal: Nova
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Ofertas: Mel, vinho, flores, joias ou perfumes
Ritual prático
Vista algo bonito e monte um altar com flores e vinho. Acenda uma vela rosa. Olhe-se no espelho com amor e diga: "Freya, desperta minha força e abundância."
Nantosuelta - Deusa Celta da Fertilidade e do Lar

Nantosuelta é uma deusa da mitologia celta gaulesa, ligada à terra fértil, à renovação, ao lar e à prosperidade material e espiritual. Seu nome significa algo como "vale do riacho serpenteante" ou "corrente que renova".
Era representada com uma casa em miniatura, uma cornucópia ou um cálice, e frequentemente ao lado de um corvo, símbolo da transição e da comunicação com o mundo espiritual.Associada ao deus Sucellus (deus da agricultura e do vinho), Nantosuelta regia os ciclos naturais e a vida doméstica.
Era invocada para trazer prosperidade à terra e paz ao lar, e seus rituais frequentemente envolviam fogo, água e elementos da natureza. Seu culto se dava em bosques sagrados (nemeton), próximo a rios e até os dias atuais em celebrações sazonais como o Imbolc ou Lughnasadh, onde se honra a conexão com a terra viva.
Curiosidades
Nantosuelta tinha profunda ligação com os ciclos agrícolas e com a renovação do lar. Nas comunidades gaulesas, era comum pedir sua bênção ao construir uma nova casa ou iniciar plantações. Ela também era associada à abundância feminina e à cura espiritual.
Suas representações em arte celta a mostram com jarros transbordando e um pássaro (geralmente corvo), indicando sabedoria ancestral e contato com os reinos invisíveis. Rituais em sua honra envolviam oferendas de hidromel, frutas, folhas, pão e madeira seca.
O fogo do lar era considerado seu altar vivo, e mantê-lo aceso era uma forma constante de reverência. Em alguns mitos locais, era vista como uma senhora da vida e da morte, capaz de regenerar o que parecia perdido.
Relações
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Cores: marrom, âmbar, verde-musgo
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Dia: Terça-feira
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Elemento: Água e Fogo
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Lua ideal: Cheia
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Ofertas: Hidromel, pão, folhas secas, madeira
Ritual prático
Em uma terça-feira, acenda uma vela marrom. Ofereça uma taça de hidromel e uma folha seca. Diga: "Nantosuelta, renova meu lar com tua bênção fértil."
Oxum- Orixá Iorubá da Riqueza, Beleza e Fertilidade

Não poderíamos falar de riqueza e ouro sem falar de Oxum. Oxum é uma das orixás mais amadas no panteão iorubá, reverenciada em religiões afro-brasileiras como o Candomblé e a Umbanda. É senhora das águas doces, da fertilidade, do ouro, do amor, da beleza e do parto.
Nos mitos (itãs), Oxum é filha de Iemanjá e foi a única capaz de convencer os orixás a colaborar com a criação do mundo. Sedutora, sábia e diplomática, Oxum carrega um espelho, simbolizando o autoconhecimento, e é associada à fartura por sua conexão com o ouro e os rios que sustentam a vida. Seus rios sagrados na Nigéria são locais de peregrinação.
É também uma poderosa feiticeira, conhecedora do axé (força vital), e protetora das mulheres, gestantes e crianças. Oxum expressa a prosperidade que flui como água: delicada, contínua e indispensável à vida, sendo invocada em momentos de escassez, para bênçãos de beleza, saúde, riqueza e amor.
Curiosidades
Oxum é sincretizada com Nossa Senhora Aparecida no Brasil. Suas festas são cheias de música, danças, doces e flores. Em rituais de Candomblé, suas filhas dançam com gestos suaves e circulares, evocando o movimento das águas. Suas oferendas favoritas incluem mel, flores amarelas, espelhos, jóias e frutas doces.
É representada como uma mulher vaidosa, amorosa e sensível, mas também justa e poderosa. Os rios são seus templos naturais, onde se deixam oferendas em potes de barro ou cestas trançadas. Oxum é invocada em pedidos de fertilidade física e criativa, equilíbrio emocional e prosperidade financeira.
É comum fazer banhos com mel e flores em sua honra. Na Umbanda, é associada à linha do amor, da magia e ao campo emocional. Sua força está na doçura firme que atrai e sustenta a vida. Dentre seus símbolos estão o abebé (espelho), o leque e a água corrente.
Relações
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Cores: Amarelo, dourado, cobre
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Dia: Sábado
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Elemento: Água
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Lua ideal: Cheia
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Ofertas: Mel, flores amarelas, frutas doces, espelho
Ritual prático
Coloque flores e frutas em um pote com mel. Ofereça à beira de um rio ou altar com vela dourada. Diga: "Oxum, derrama tua riqueza sobre mim."
Lakshmi - Deusa Hindu da Fortuna, Beleza e Abundância

Lakshmi é a deusa hindu da riqueza, prosperidade, fortuna e beleza. Esposa de Vishnu, ela nasce do oceano durante o Samudra Manthan, o "batimento cósmico do mar de leite". É representada sentada sobre uma flor de lótus, com moedas de ouro jorrando de suas mãos.
Lakshmi é símbolo da prosperidade material e espiritual. Sua presença garante harmonia no lar e nos negócios. É reverenciada em diversas tradições hindus, principalmente durante o festival de Diwali, quando se ilumina a casa para recebê-la. Lakshmi tem várias formas, como Gaja-Lakshmi (prosperidade com elefantes) e Dhana-Lakshmi (riqueza financeira).
Seu culto enfatiza pureza, generosidade e gratidão, pois ela permanece onde há ordem, limpeza e boas intenções. Seu arquétipo representa a energia que sustenta, nutre e embeleza a vida, tornando-se essencial para quem busca plenitude financeira e emocional.
Curiosidades
Lakshmi é uma das deusas mais populares da Índia, presente em lares, comércios e templos. Durante o Diwali, seu festival principal, acendem-se lamparinas e distribuem-se doces como sinal de boas-vindas. Ela é invocada com mantras, como o "Om Shreem Maha Lakshmiyei Namaha", que atrai sua vibração.
Sua energia é ligada à prosperidade limpa: ela abandona lugares com sujeira, confusão ou avareza. Lakshmi aparece em antigas escrituras como os Vedas e os Puranas. Seus animais sagrados incluem o elefante (sabedoria e realeza) e a coruja (discernimento espiritual).
Nos altares, imagens suas costumam estar acompanhadas de flores de lótus, arroz cru, moedas douradas e água com açafrão. Suas cores favoritas são vermelho e dourado. Ofertas são feitas às sextas, com orações e músicas devocionais. Sua presença é percebida por quem mantém a harmonia, a generosidade e a beleza como princípios do lar.
Relações
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Cores: Vermelho, dourado, rosa
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Dia: Sexta-feira
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Elemento: Água
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Lua ideal: Crescente
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Ofertas: Flores de lótus, arroz, moedas douradas, lamparinas
Ritual prático
Acenda uma lamparina ou vela dourada com óleo perfumado. Recite "Om Shreem Maha Lakshmiyei Namaha" nove vezes. Ofereça arroz cru e flores à deusa.
Dewi Sri - Deusa Indonésia do Arroz, Fertilidade e Abundância

Dewi Sri é a principal deusa da fertilidade e do arroz no panteão javanês e balinês, muito reverenciada na Indonésia. Sua origem está ligada a lendas de morte e renascimento, que explicam a origem do arroz, considerado um presente divino para a humanidade.
Dewi Sri é vista como a protetora das colheitas, da prosperidade agrícola e da vida. Sua presença assegura fartura, saúde e continuidade das comunidades que dependem do cultivo de arroz. Em rituais tradicionais, seu culto mistura elementos animistas com influências hindu-budistas.
Ela é celebrada em festivais agrícolas que marcam os ciclos do plantio e da colheita, quando oferendas de arroz, flores e frutas são feitas para garantir bênçãos. Sua imagem muitas vezes inclui elementos naturais, como folhas e grãos, simbolizando a vida que ela sustenta.
Curiosidades
Dewi Sri é um dos símbolos culturais mais fortes na Indonésia, com seus rituais sendo uma fusão entre fé e agricultura. Em Bali, festas chamadas "Ngusaba" celebram a deusa com danças, música e oferendas, onde o arroz tem papel central. Acredita-se que arroz plantado sem a bênção de Dewi Sri não crescerá bem.
Seus altares costumam ser adornados com tecidos coloridos e pequenas figuras de arroz. Durante o ciclo agrícola, agricultores deixam uma parte da colheita para a deusa como forma de agradecimento.
O plantio geralmente começa em dias específicos da lua crescente para atrair sua bênção. Os agricultores ainda contam histórias sobre aparições da deusa em sonhos, simbolizando proteção e prosperidade futuras.
Relações
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Cores: Verde, amarelo, dourado
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Dia: Quarta-feira
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Elemento: Terra
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Lua ideal: Crescente
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Ofertas: Arroz cru, flores frescas, frutas tropicais
Ritual prático
Em um dia de lua crescente, prepare um pequeno altar com arroz cru, flores e frutas. Acenda uma vela verde e agradeça: "Dewi Sri, fertiliza minha vida com tua abundância sagrada." Deixe as oferendas ao ar livre ou perto de plantas.
Pachamama - Deusa Andina da Terra, Fertilidade e Equilíbrio

Pachamama, conhecida como Mãe Terra nos Andes, é a deusa suprema que personifica a terra, a fertilidade e o equilíbrio natural. Na mitologia inca, ela é a fonte de toda vida e sustenta as comunidades agrícolas da região. Pachamama é vista como a protetora das plantações, dos animais e das famílias, sendo essencial para a sobrevivência em ambientes montanhosos.
Seu culto envolve respeito profundo pela terra e seus ciclos, promovendo a harmonia entre humanos e natureza. Tradicionalmente, os incas faziam pagos — rituais de oferendas à terra — para garantir boas colheitas, saúde e proteção contra desastres naturais.
A fertilidade da terra e a prosperidade material dependiam da benevolência de Pachamama. Seu símbolo é a terra fértil, as montanhas e rios, representando a conexão vital entre o sagrado e o cotidiano.
Curiosidades
Pachamama é uma figura central em festivais andinos, especialmente no Inti Raymi e no mês sagrado de agosto. Suas oferendas, chamadas pagos, incluem folhas de coca, milho, frutas, chicha (bebida fermentada) e pequenos pedaços de tecido colorido, que são enterrados em buracos cavados na terra.
Acredita-se que essas oferendas mantêm o equilíbrio energético do planeta. O ato de cavar e enterrar as oferendas é um gesto de entrega e respeito à terra. Em muitas comunidades, tocar a terra ao fazer pedidos ou agradecimentos é essencial para fortalecer a conexão com Pachamama.
Sua cor simbólica é o vermelho terroso, e o fogo e a água são elementos usados em seus rituais para representar a vida e a purificação. A celebração mais importante ocorre em 1º de agosto, quando a terra é "acordada" para um novo ciclo agrícola.
Relações
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Cores: Vermelho terra, marrom, verde escuro
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Dia: Quinta-feira
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Elementos: Terra, fogo, água
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Lua ideal: Nova
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Ofertas: Folhas, milho, frutas, chicha, tecidos coloridos
Ritual prático
Enterre um pequeno pacote com folhas, milho e frutas no solo. Acenda uma vela vermelha próxima e diga: "Pachamama, receba minha gratidão e renove minha prosperidade." Toque a terra com as mãos e se conecte profundamente.
Benzaiten (弁才天) – Deusa Japonesa da Arte, Fortuna e Iluminação

Benzaiten, originária da deusa hindu Sarasvati, foi incorporada ao xintoísmo e budismo japoneses como a deusa da eloquência, música, arte, sabedoria, riqueza e fortuna. É uma das sete divindades da sorte no Japão, sendo muito cultuada para atrair sucesso, prosperidade e inspiração.
Representada muitas vezes com uma biwa (instrumento musical) ou segurando joias preciosas, Benzaiten simboliza a energia criativa que gera riqueza espiritual e material. Seus templos costumam estar próximos a corpos d'água, pois acredita-se que ela controla as águas que trazem prosperidade.
O culto a Benzaiten inclui oferendas de música, flores e orações, especialmente em santuários localizados em ilhas ou perto do mar. Ela é invocada para proteção financeira, talento artístico e harmonia familiar, sendo um arquétipo que une riqueza material e iluminação.
Curiosidades
Benzaiten é uma das deidades mais populares nas celebrações do Ano Novo e em festivais da sorte, como o Takarabune (barco dos tesouros). Suas imagens podem ser encontradas em templos espalhados pelo Japão, frequentemente em ilhas ou perto de fontes naturais.
A ligação com a música é tão forte que músicos e artistas a veneram para obter inspiração e reconhecimento. Seu símbolo animal é a serpente, representando sabedoria e proteção. As oferendas típicas incluem sake, arroz, flores brancas e incenso.
Acredita-se que colocar papéis com desejos em rios ou lagos, onde Benzaiten reside espiritualmente, ajuda a concretizar pedidos de prosperidade. Sua energia é ligada à fluidez da água, à criatividade e à sorte. É comum recitar mantras e entoar canções em sua homenagem, buscando abrir caminhos para o sucesso e a abundância.
Relações
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Cores: Branco, azul, dourado
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Dia: Terça-feira
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Elemento: Água
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Lua ideal: Crescente
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Ofertas: Sake, arroz, flores brancas, incenso
Ritual prático
Em um dia de lua crescente, acenda um incenso e coloque flores brancas num altar. Recite uma oração pedindo inspiração e prosperidade. Escreva um desejo em papel branco e coloque-o em água corrente ou num vaso com água.
As deusas da prosperidade revelam que a verdadeira abundância não é apenas material, mas nasce da harmonia entre corpo, mente, espírito e natureza. Cada deusa, com seus símbolos e mitos, nos convida a despertar aspectos adormecidos: gratidão, generosidade, beleza, coragem e conexão com o sagrado.
Cultuar essas divindades é também cultivar nosso próprio jardim interior, reconhecendo que a riqueza flui quando há reverência, ordem, propósito e amor. Os rituais propostos neste guia são sementes: quando plantadas com intenção sincera, florescem em bênçãos inesperadas.
Ao honrar a força feminina da criação — seja nos rios de Oxum, na sabedoria de Lakshmi, na terra fértil de Pachamama ou na roda de Fortuna — você ativa em si a centelha da prosperidade divina. Que este guia inspire não apenas pedidos, mas atitudes prósperas no cotidiano. Que você seja fonte, fluxo e fruto da abundância em todos os planos da vida.
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